A poupança é uma aplicação de renda fixa tradicional muito popular no Brasil, apesar da baixa rentabilidade. De acordo com levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o número atual de poupadores chega a 61% da população brasileira.
O principal motivo para escolher investir em poupança é a possibilidade de poder utilizar os recursos quando necessário, ao contrário de algumas modalidades de investimento. Além disso, a segurança e a comodidade são outras justificativas dadas por quem recorre à caderneta. Mas, afinal, vale a pena?
Conforme noticiado pelo Infomoney, em setembro de 2016, a poupança teve maior ganho real em 10 anos, superando o valor da inflação, rentabilizando 0,58%. Contudo, apesar dos números aparentemente atrativos, a aplicação não compensa. Se comparada a outras opções, também de baixo risco e que não exigem um alto investimento inicial, perde-se em rentabilidade.
Se você estava pensando em investir em poupança ou já tem algum dinheiro aplicado, continue lendo o artigo e descubra por que esse tipo de investimento não é indicado.
1.O retorno do investimento é muito baixo
As taxas de juros oferecidas ao credor pela caderneta de poupança são muito baixas. Quando se compara a outras modalidades de investimento, é possível perceber como o poupador perde dinheiro, principalmente a longo prazo.
Uma pessoa que possui aplicação de R$10 mil na poupança de um banco há um ano, por exemplo, pode deixar de ganhar mais de R$2 mil em um período de cinco anos.
2. É um péssimo negócio quando a inflação está alta
Os juros e rendimentos de uma poupança dependem de duas taxas: a TR, uma taxa referencial diária calculada pelo governo, e a taxa de rendimento da poupança, que independe do banco escolhido, já que é calculada da mesma forma.
Atualmente, a valorização da caderneta tem sido incapaz de compensar a própria inflação, ou seja, a alta do preço dos produtos no mercado. Isso quer dizer que, quem investe na poupança frequentemente tem perda real de poder aquisitivo, ficando literalmente mais pobre, já que com o dinheiro corrigido não consegue comprar os mesmos bens que no mesmo período do ano anterior.
3. Há opções tão seguras quanto a poupança
Segurança não pode ser mais a desculpa de um investidor para utilizar a poupança, ainda que ele tenha um perfil mais conservador. Apesar do risco de crédito dos grandes bancos ser baixo, há outras possibilidades tão seguras quanto, como letras de crédito imobiliário, letras de crédito do agronegócio e letras de câmbio, títulos usados pelas financeiras para captar recursos, já que, assim como a poupança, também são cobertas pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para aplicações de até R$250 mil.
É importante buscar ampliar os conhecimentos em educação financeira para entender quais são os melhores investimentos de acordo com o seu perfil e aumentar os rendimentos.
E você, já está preparado para deixar de investir em poupança e procurar algo mais rentável?